A cidade borbulha num crepitar de passos apressados, olhares atentos, e sobremodo, um baralhar de veículos vindos de algures.
Indiferentes a tudo, corpos embrulhados em papeis e tecidos finos, repousam esquecidos em frente portas e muros, adormecidos pelo ópio que os desnudam.
Os veículos passam: aturdidos pelas cenas, infelizes e tristes, baixam seus faróis lacrimejantes.
As pessoas passam: velozes caminhantes em busca de seus ideais inconstantes, sem se importar com os vivos esquecidos.